
‘Se não ganharmos pela beleza, ganhamos pelo estômago’
Durante a Festuris, feira internacional de turismo realizada em Gramado (RS), produtores de laticínios e o governo de Minas Gerais lançaram oficialmente duas novas rotas do queijo artesanal: uma no Serro, e outra nos arredores da Serra da Canastra. Ambas unem o melhor da gastronomia mineira com os atrativos naturais do estado, criando experiências que conquistam turistas pelos sentidos.
Na região da Canastra, os visitantes são convidados a conhecer o cotidiano das fazendas de laticínio, enquanto exploram paisagens deslumbrantes como o Parque Nacional da Serra da Canastra, que abriga a primeira queda d’água do lendário Rio São Francisco.
“Se a gente não ganhar o turista pelas vistas, vamos ganhar pelo estômago”, afirma Vinícius Cabral Alves, guia turístico em Delfinópolis, cidade integrada à Rota da Canastra e conhecida por sua forte tradição queijeira e beleza natural.
Além dos queijos, a rota inclui paradas em lavouras cafeeiras, onde os visitantes aprendem sobre o cultivo e experimentam a produção local. “O mineiro tem de tocar nas coisas. Levamos o turista para ter uma experiência frente a frente com a produção gastronômica”, completa Vinícius, reforçando o caráter imersivo das visitas.
Do Serro ao sabor: história, queijo artesanal e paisagens que encantam
No Serro, a rota passa por cidades históricas como Santo Antônio do Itambé e Conceição do Mato Dentro, onde está localizada a famosa Cachoeira do Tabuleiro, uma das mais belas de Minas. A região tem mais de 300 anos de tradição na produção do queijo Minas artesanal, e é lar de produtores como Estela Mares, da Fazenda São Jorge, onde se produz o Queijo Dona Iaiá.
Durante as visitas, os turistas descobrem diferenças marcantes entre os tipos de queijo. Enquanto o queijo do Serro é prensado à mão, o Canastra é moldado com pano. Ambos, porém, carregam terroir, história e identidade regional em cada pedaço.
A proposta dessas rotas vai além da gastronomia: elas incentivam o ecoturismo, valorizam a agricultura familiar e fortalecem a economia local. Em um dia, o turista pode conhecer queijarias e, no seguinte, mergulhar em cachoeiras ou explorar trilhas ecológicas
Reserva do Lago, Quinta de Sant’Ana e Vale da Gurita oferecem muito mais do que sabor: entregam histórias, cultura e hospitalidade mineira.
“Quem procura o queijo também quer o turismo verde, de natureza e sustentabilidade”, afirma Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo. Segundo ele, a diversidade de atrativos é fundamental para prolongar a estadia dos viajantes, beneficiando também pousadas e comércios locais.
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